Manhã de fim de verão e estava eu lá, caminhando pela avenida Getúlio Vargas, despreocupado com a vida e com as idiossincrasias dos hipócritas e das poucas pessoas de bem que ainda restam na municipalidade quando ouvi um “psiiiiu”. Ignorei completamente, mesmo sabendo quem poderia ser. Mas a insistente fofoqueira e baluarte da difamação e corrupção na cidade insistiu, chamando-me pelo nome. Tive que voltar para dar atenção àquela vulgar e pretensiosa criatura.
No exato cruzamento entre a Salu Branco e a Getúlio Vargas, estava eu sendo alugado pela fofoqueira, tendo de ser simpático, como bem manda minha boa educação.
Em Palmeira dos Índios é assim – as pessoas fingem que estão esperando a lotação para falar da vida alheia, promover a perseguição e cultivar hábitos vulgares com uma normalidade assustadora. E quem diz que ela é tão vulgarmente baixa é sempre criticado por ir de encontro a uma imagem “boa”. É o privilégio das velhas sem filhos e doidas – são sempre boazinhas. Sempre.