As 40 demissões de profissionais do Hospital de Emergência de Arapiraca que é referencia em todo o Estado continua obtendo grande repercussão no município e toda a região Agreste. De acordo com a advogada Iranny Karla, que concedeu entrevista ao programa Pajuçara na hora no próximo dia 15 deste mês o promotor Napoleão Amaral vai ouvir uma delegação dos profissionais demitidos e um diretor da unidade de saúde.
Será apurado se as demissões tiveram cunho politico fato questionado pelos servidores pelo fato de uma nova escala de trabalho com outros profissionais já escalados que não constavam na relação está sendo questionada. Outro fato levantado é o motivo das demissões por motivo de contenção de despesa uma vez que novos profissionais foram contatados, questionou a advogada. Fato que causou transtorno de forma psicológica durante o plantão no hospital mais importante e referência do interior do Estado.
Durante a reunião no MP, o promotor de Justiça, Napoleão Franco, se solidarizou com a situação e se comprometeu em buscar respostas que justifiquem tal ato administrativo. O promotor informou ainda que já existe diversas ações por parte da promotoria que visam regularizar a situação dos servidores contratados precariamente, inclusive com a cobrança de realização de processo seletivo ou de um concurso público próprio.
Os profissionais foram pegos de surpresa ao serem comunicados sobre o desligamento de suas funções. Alguns desses profissionais receberam a notícia durante o plantão e tiveram que deixar seus postos de trabalho. A razão das demissões sem aviso prévio não foi oficialmente foi divulgada pelo hospital, porém, há informações de bastidores que as pessoas desligadas das funções não tinham compromisso com o grupo político que detém o comando daquela unidade hospitalar.
Alguns deles tinham mais de dez anos de atividade profissional. A área mais afetada foi a enfermagem, com 15 profissionais demitidos, além de 8 técnicos, 6 fisioterapeutas, 2 farmacêuticos, 3 assistentes sociais e, aproximadamente, dez das áreas de apoio. Um funcionário, que preferiu não se identificar, revelou que há um clima de revolta tanto entre os demitidos quanto entre os que permaneceram trabalhando.
“Esses servidores eram excelentes profissionais e nunca causaram problemas no hospital. Na minha opinião eram considerados os mais dedicados”, lamentou o colega. Também há informações que novos profissionais já começaram a ser contratados. Um representante da Secretaria de Estado da Saúde será convocado para a reunião com o Ministério Público.