Uma batalha jurídica cheia de lances e revezes nos últimos dias. Eis a luta pelo comando do pequeno PROS em Alagoas.
De um lado o senador Fernando Collor que corre o risco de ficar sem legenda nesta eleição, se permanecer no partido devido a judicialização da legenda tanto em nível estadual, como nacional. Do outro, Marçal Fortes e Adeilson Bezerra, eleitos dirigentes da agremiação no ano passado.
O imbróglio partidário também se arrasta na cúpula nacional onde o atual presidente Marcus Holanda trava uma batalha com Eurípedes Junior pelo comando da sigla.
Advogados consultados sobre o problema afirmam que a judicialização poderá prejudicar os pretensos candidatos da agremiação.
Em Alagoas a direção destituída encabeçada por Marçal Fortes acredita na reversão da decisão do Juiz Alexandre Lenine Pereira que deu ontem (31) novamente a Collor o comando do partido.
Entre indas e vindas pelo controle do partido em Alagoas já se conta três para cada lado.
“Temos elementos fáticos e jurídicos suficientes fundamentando nosso recurso e voltaremos ao comando da sigla”, disse Adeilson Bezerra, um dos dirigentes do PROS.
Aparentemente isolado, Fernando Collor caminha para uma sinuca de bico.
O senador que busca a reeleição em outubro tem alternativas partidárias no cenário político-eleitoral como o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Liberal (PL), mas teria receio de levar uma rasteira de Arthur Lira mais à frente, pois as convenções só ocorrem a partir de 5 de agosto.
Se decidir ficar no PROS poderá ficar sem legenda para a próxima eleição, caso a direção sob o comando de Marçal Fortes e Adeilson Bezerra saia vencedora.
A direção destituída comandada por Fortes/Bezerra explica que o projeto deles é outro.
“Votamos em Renan Filho e sendo assim, em que pese todo o respeito ao estadista e ex-presidente da República, não podemos nos desviar do que já planejamos politicamente”, finalizou.