A celeuma do hospital palmeirense
O Hospital Santa Rita de Palmeira dos Índios – que até a década de 90 era referência em toda Alagoas – é alvo de nova polêmica.
Dessa vez o mote foi dado pelo vereador e jornalista Júlio Cezar que distribuiu à imprensa um realese denunciando o fechamento do departamento de pediatria do hospital.
A notícia foi desmentida logo em seguida pelo médico e provedor do Hospital Pedro Gaia, que convocou quem tivesse interesse para dar uma “espiada” na pediatria do hospital funcionando.
Pedro Gaia foi mais além e acabou esclarecendo que a pediatria do hospital só atende pacientes particulares ou oriundos de convênios.
Talvez, por isso o vereador Júlio César tenha se confundido ao afirmar que a pediatria estivesse totalmente fechada, mas no caso, era apenas para pacientes do SUS.
Insatisfeito e insistindo na tese de fechamento Júlio Cezar provocou uma audiência pública para esta semana na Câmara de Vereadores local.
Sabe-se que o vereador Júlio Cézar (PSDB) é um dos prefeitáveis e tenta a todo custo não “sumir” da mídia. A cada semana cria um factoide. Talvez por isso batizaram a audiência pública de eleitoreira.
Mas fica a pergunta: quem está com a razão? O vereador ou o médico, diretor do hospital?
Solução para o Santa Rita
Mas o que precisa ser feito para o hospital que recebe recursos públicos atenda pacientes do SUS em suas diversas especialidades?
O chefe da municipalidade que garante repasses mensais para a instituição foi categórico há alguns meses discriminado os valores pagos mensalmente e que ali era uma “caixa sem fundo”.
Daqui, desta coluna sugiro que se investiguem a fundo os repasses feito ao hospital, as despesas lá realizadas para que a população tenha conhecimento do que ali é utilizado, já que o hospital (uma entidade filantrópica) é gerida em quase sua totalidade com recursos públicos (meu, seu, nosso dinheiro).
Além disso, é preciso apurar a denúncia feita há alguns meses de que dirigentes do hospital recebem a título de remuneração verdadeiras fábulas, alguns chegando, segundo as denúncias a R$30 mil mensais.
A velha cantilena de que faltam recursos e que o hospital vai fechar não cola mais.
Não se pode usar mais o hospital por interesses políticos. A mordomia tem que acabar, afinal os dirigentes (chamados de mordomos) estão ali pra servir e não serem servidos.
Falam também por aí que os políticos de Brasília já estão escaldados dos palmeirenses que vão atrás de recursos para o Santa Rita.
Virou piada já no Distrito Federal!
Vamos resgatar a credibilidade da instituição! Esse sim é o mote que devemos dar a uma causa tão nobre para o povo de Palmeira dos Índios.
Ressalto: não sou contra o hospital e sim contra o “modus operandi” de administrá-lo.