Não vou aqui falar sobre os erros técnicos e os acertos da prisão do Deputado Federal Daniel Silveira, do PSL do Rio de Janeiro, pelo Ministro Alexandre de Moraes do STF, visto que, muito já se falou sobre isso. Certamente, que Silveira se excedeu em tudo o que disse e ele próprio, em vídeo, reconheceu o seu excesso, pediu desculpa ao ofendido e declarou o seu arrependimento.
Na verdade, para mim Silveira, além de agredir verbalmente o Ministro Alexandre de Moraes e outros Ministros, também atacou a instituição STF, dizendo, inclusive, que o Supremo de supremo não tem nada, Supremo esse que aliás não anda gozando de boa reputação.
O que eu quero registrar, enfim, é a minha estranheza pelo fato de ter sido o próprio Ministro Alexandre de Moraes, que se diz vítima dos ataques de Silveira, a autoridade que decretou sua prisão. Desta forma, a impressão que se tem é a de que a decisão de Moraes não foi um ato de jurisdição, passível de erro e acerto, foi uma reação de vingança imediata, como nas brigas de rua quando um moleque xinga o outro e esse, cheio de ódio, acerta um murro violento na cara do seu agressor.
Trocando-se em miúdos, o que se tem, nesse caso, é a suposta VÍTIMA MANDANDO PRENDER O SEU AGRESSOR, vingando-se do mesmo de forma imediata, “numa boa”, como diz e moçada por aí.