O Brasil perdeu um de seus maiores ícones na dramaturgia.
Tarcísio Meira foi um artista completo e encarnou vários personagens da cena nacional com maestria e desenvoltura.
Foi mocinho e bandido, herói e vilão. Sempre atuando com competência, seja no drama ou na comédia.
Um talento nato.
O brasileiro hoje – de norte a sul do país – chora sua morte.
Vítima da covid-19, que já matou mais de meio milhão de pessoas, o grande ator nacional – aquele que foi Dom Pedro I nas telas grandes do cinema e marcou uma geração com seu grito de independência às margens do Ipiranga e que nas telinhas foi imortalizado em Irmãos Coragem e tantos outros papéis de relevância como Euclides da Cunha, na série Desejo contracenando com Vera Fischer vai deixar seu legado para as gerações futuras.
Em Quelé do Pajeú, num filme sobre o cangaço, em uma das cenas Tarcísio cita Palmeira dos Índios, “nação de gente boa, de coragem”, numa influência direta do grande artista palmeirense Jofre Soares que participava do filme.
Daqui – de minha memória fugidia – restam os versos da canção de Paulinho Tapajós, interpretada majestosamente por Jair Rodrigues para seu papel mais marcante na TV, o de João Coragem, na novela Irmãos Coragem da Rede Globo.
“Abre o peito coragem, irmão!
Faz do amor sua imagem, irmão!
Quem à vida se entrega
A sorte não nega seu braço e seu chão
Manhã, despontando lá fora
Manhã, já é sol, já é hora
E os campos se abriram em flor
E é preciso coragem
Que a vida é viagem
Destino do amor”.