PALMEIRA DOS ÍNDIOS

Prefeitura mente em nota oficial ao falar em segurança e tenta esconder escândalo milionário da reforma do Açude do Goití

Por Redação Publicado em 04/02/2025 às 09:59

A revitalização do Açude do Goití, em Palmeira dos Índios, foi marcada por gastos milionários e falta de transparência na prestação de contas. Inicialmente orçada em quase R$ 4 milhões, a obra recebeu um adicional de R$ 5 milhões, totalizando R$ 9 milhões, provenientes principalmente de emendas parlamentares do deputado federal Marx Beltrão no decorrer do mandato do ex-prefeito e imperador Júlio Cezar. Após esses recursos a prefeitura teria gasto R$4,5 milhões de recursos próprios. No entanto, a execução ficou restrita à construção de um pátio de tijolos de cimento nos fundos do açude e de duas calçadas laterais e grama, deixando de lado partes essenciais do projeto original, como a calçada que circundaria todo o açude.

Além disso, a falta de limpeza adequada resultou em um matagal submerso, com vegetação ultrapassando dois metros de altura em algumas áreas, comprometendo a estética e a funcionalidade do espaço.

A situação desperta a atenção não só dos moradores, mas também de observadores externos, que clamam por uma atuação enérgica do Ministério Público.

NOTA OFICIAL MENTIROSA


A Prefeitura de Palmeira dos Índios divulgou hoje (04) uma nota oficial afirmando que o Lago do Goiti é "seguro, conta com videomonitoramento e recebe rondas da Polícia Militar e da Guarda Municipal". No entanto, essa declaração parece contradizer os fatos recentes e ignora problemas graves relacionados à reforma do açude.

Em janeiro de 2024, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) suspendeu a licença ambiental e embargou as obras da Praça Moreno Brandão e do Açude do Goití, apontando irregularidades que configuravam um escândalo de R$ 15 milhões.

Moradores denunciaram nas redes sociais a má qualidade da obra no Açude do Goití, recém-inaugurada pela prefeitura, após seis anos e mais de R$ 15 milhões investidos.

No último domingo, um homem de 36 anos morreu afogado no açude, levantando questionamentos sobre a falta de proteção e segurança do local e possíveis falhas de segurança ao público na reforma.

A nota oficial da prefeitura parece ser uma tentativa de encobrir esses problemas, ao invés de abordar as preocupações legítimas da população sobre a segurança e a transparência na gestão dos recursos públicos.

A falta de prestação de contas e a ausência de transparência na gestão dos recursos públicos destinados à revitalização do Açude do Goití são preocupantes. A população de Palmeira dos Índios aguarda respostas claras e ações concretas para garantir que os investimentos sejam aplicados de forma eficiente e que o projeto seja concluído conforme prometido.

Para uma visão mais detalhada sobre o que foi o andamento das obras, você pode assistir ao seguinte vídeo: