O diretor de um dos campi do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) foi afastado preventivamente do cargo na última sexta-feira (27), em decorrência de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que investiga uma denúncia de suposta conduta de conotação sexual.

A decisão, assinada pelo reitor Carlos Guedes de Lacerda, estabelece que o servidor não poderá acessar repartições internas da unidade nem sistemas eletrônicos, para garantir que não haja interferência na apuração.

O PAD foi instaurado em outubro do ano passado, mas o afastamento ocorreu poucos dias depois da publicação de uma reportagem nacional que reuniu 128 processos disciplinares por assédio em universidades e institutos federais, embora este caso específico não conste no levantamento divulgado pelo portal Metrópoles.

Documentos encaminhados à imprensa apontam que, além deste processo, existem outros procedimentos administrativos em curso no Ifal para apurar denúncias semelhantes contra servidores.

Em nota oficial, a Reitoria informou que o afastamento é uma medida cautelar prevista em lei, solicitada pela comissão responsável pelo processo e sem relação direta com a repercussão da reportagem. O Instituto ressaltou que todas as manifestações recebidas têm tratamento sigiloso e passam pela ouvidoria, auditoria interna, conselho de ética e corregedoria.

O Ifal também destacou que desenvolveu um plano de prevenção e enfrentamento ao assédio e discriminação, em cumprimento ao Programa Federal instituído por decreto. Entre as ações estão campanhas educativas, palestras, orientações nas redes sociais e visitas aos campi, conduzidas por diferentes setores da administração.