Assembleia do Sinteal suspende greve do Estado em busca de retomada das negociações

Em assembleia do Sinteal realizada na manhã desta sexta-feira (8), após 39 dias em greve, trabalhadoras e trabalhadores da rede estadual de educação de Alagoas decidiram voltar às atividades nas escolas como uma nova estratégia de luta.
“Por ampla maioria nossa categoria definiu uma mudança na estratégia que consiste em suspender a greve, continuar em estado geral de mobilização e retomar a mesa de negociação que será mediada pelo Tribunal de Justiça”, disse o presidente do Sinteal, Izael Ribeiro. Segundo ele, já há um diálogo com o TJ para intermediar esse diálogo com o Governo. “Nessa mesa iremos defender a suspensão do corte das consignações sindicais, defendemos que não haja desconto nos salários das trabalhadoras e trabalhadores, além dos demais pontos que constam em nossa pauta e foram amplamente definidos em nossa assembleia”.
Com a plenária lotada, a categoria reforçou o sentimento de unidade que prevaleceu durante toda a greve, e que mesmo com a postura autoritária e truculenta do governador Paulo Dantas, chega e esse momento ainda mais fortalecida.
“Foi graças à nossa mobilização que o governo passou esse período olhando para a educação, iniciando reformas em escolas que há anos cobramos. O fim da trava dos mestrados e doutorados chegou à Assembleia Legislativa, a equiparação pelo tempo de serviço dos aposentados e aposentadas está finalmente sendo tratada na Seplag. A saúde mental dos trabalhadores também começa a ter um olhar do governo, isso tudo são sinalizações, mas precisa se concretizar, por isso seguimos mobilizados, e podemos chamar a categoria a qualquer momento, caso a mesa não tenha resultados”, detalhou Izael.
Nas últimas semanas, em face das atitudes antidemocráticas de ameaças, ataques e perseguições de Paulo Dantas, o Sinteal e a categoria tem recebido o apoio de muitas entidades e personalidades públicas de alcance estadual e nacional. “Isso se deve à legitimidade do movimento, da importância de lutar pela educação pública. E vamos permanecer aqui, em unidade, e resistentes. Porque só a luta nos garante!”, finalizou.