O Hospital do Coração Alagoano, localizado em Maceió, atingiu uma marca histórica ao realizar 50 procedimentos de Implante Transcateter de Válvula Aórtica (Tavi) com sucesso. A iniciativa acelerou o atendimento a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e proporcionou uma economia de R$ 15 milhões aos cofres públicos estaduais. Esses recursos permanecem na Rede Pública de Saúde de Alagoas, sendo revertidos em novos investimentos, ampliação da estrutura e, principalmente, em vidas salvas.

Antes da adoção do modelo atual, cada procedimento – indicado para pacientes com estenose aórtica grave e alto risco para cirurgia convencional – custava cerca de R$ 450 mil, realizado majoritariamente por meio de ações judiciais. Agora, com a oferta direta pelo Hospital do Coração Alagoano, o custo médio varia entre R$ 90 mil e R$ 110 mil, o que representa uma economia aproximada de R$ 300 mil por paciente.

Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o serviço de Tavi no Hospital do Coração Alagoano comprova a eficiência da unidade e o modelo de gestão inovador implementado pela Sesau. “Seguindo a determinação do governador Paulo Dantas, o Hospital do Coração Alagoano é sinônimo de eficiência em assistência qualificada para o povo alagoano. Para isso, a unidade hospitalar utiliza tecnologia de ponta e gestão eficiente dos recursos públicos”, ressaltou o gestor estadual de saúde.

O procedimento

O Tavi é uma técnica minimamente invasiva de substituição da válvula aórtica do coração, especialmente indicada para pacientes com múltiplas comorbidades e alto risco cirúrgico. O método reduz o tempo de internação, acelera a recuperação e devolve qualidade de vida aos pacientes. Com isso, aumenta-se a rotatividade dos leitos, ampliando o atendimento a novos usuários que necessitam de assistência especializada.

O cirurgião cardiovascular Kleberth Tenório, responsável pelo Centro Cirúrgico do Hospital do Coração Alagoano, destaca o impacto humano do avanço. “Cada Tavi representa uma vida salva e uma oportunidade de recomeço. A marca de 50 procedimentos realizados no SUS reflete a competência técnica e o compromisso social da equipe e da gestão do hospital”, afirma.

Segundo o diretor do Hospital do Coração Alagoano, Otoni Veríssimo, o resultado é um marco para a saúde pública de Alagoas. “Além de salvar vidas, o Tavi pelo SUS demonstra a eficiência do modelo de gestão adotado pela Sesau. Ao eliminar as judicializações e otimizar custos, garantimos acesso a um tratamento de altíssima complexidade com recursos próprios do Estado. É um exemplo claro de como o SUS pode ser sustentável e inovador quando há planejamento e responsabilidade na gestão”, conclui.