O diabetes é uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo e, mesmo com alta incidência, muitos casos ainda são diagnosticados tardiamente. Identificar precocemente os sinais de alerta é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes, prevenindo complicações graves como doenças cardiovasculares, problemas renais, perda de visão e alterações neurológicas. O alerta é do médico Paulo Lincoln, que atua no Hospital Dr. Ib Gatto Falcão, em Rio Largo.

De acordo com o especialista, os sintomas do diabetes podem ser silenciosos, principalmente no tipo 2, que costuma evoluir de forma lenta. Por isso, é essencial ficar atento às mudanças no corpo. Entre os sinais mais comuns estão aumento da sede, vontade frequente de urinar, fome excessiva, cansaço inexplicável e perda de peso sem causa aparente.

Outro sinal importante é a cicatrização lenta de feridas. Pequenos cortes ou machucados que demoram a fechar podem indicar níveis elevados de glicose no sangue. Além disso, pessoas com diabetes podem apresentar infecções recorrentes, especialmente na pele, gengivas e trato urinário.

Alterações na visão, como visão embaçada, também podem surgir logo no início da doença. “Quando a glicose está alta, o organismo passa por diversas mudanças que afetam diretamente os olhos. Muitas vezes, a dificuldade para enxergar é um dos primeiros sinais percebidos pelo paciente”, explica o médico Paulo Lincoln.

Além dos sintomas físicos, fatores como histórico familiar, sobrepeso, sedentarismo, hipertensão e idade acima de 40 anos aumentam o risco de desenvolver diabetes. Por isso, especialistas recomendam que pessoas com esses fatores façam exames periódicos, mesmo sem sintomas evidentes.

Diagnóstico

O diagnóstico do diabetes é realizado por meio de exames simples, como a glicemia em jejum, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), além do teste de hemoglobina glicada e do teste oral de tolerância à glicose. Quanto mais cedo a condição for identificada, maiores são as chances de controlar a glicose e manter a qualidade de vida.

“O reconhecimento precoce dos sinais e a busca imediata por avaliação médica são fundamentais. O tratamento adequado, aliado a uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e acompanhamento contínuo, pode evitar complicações e garantir uma vida saudável”, enfatiza Paulo Lincoln.