MP apura suspeita de irregularidades na contratação de ônibus para romeiros em Coité do Nóia
Licitação da prefeitura que previa locação de 22 veículos para viagem a Juazeiro do Norte é alvo de questionamentos por falhas em documentação e descumprimento do edital
O Ministério Público de Alagoas (MPAL) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades em um processo licitatório da Prefeitura de Coité do Nóia, no Agreste do estado. O certame previa a contratação de até 22 ônibus para o transporte de romeiros até Juazeiro do Norte, no Ceará, totalizando 110 diárias, mas passou a ser questionado por suspeitas de falhas na habilitação das empresas vencedoras e no cumprimento das exigências do edital.
De acordo com denúncias recebidas pelo MPAL, concorrentes apontaram a apresentação de documentos incompletos, balanços patrimoniais inconsistentes e indícios de subcontratação integral — prática expressamente proibida pelo edital. Também foram relatadas divergências em endereços e atestados técnicos apresentados pelas empresas classificadas.
A investigação busca esclarecer se houve favorecimento indevido ou irregularidades que possam comprometer a lisura do processo. Caso as suspeitas sejam confirmadas, a prefeitura e as empresas envolvidas poderão responder por atos de improbidade administrativa e fraude em licitação.
Em nota, a Prefeitura de Coité do Nóia afirmou que o procedimento seguiu todos os trâmites legais e que está colaborando com o Ministério Público. Enquanto isso, os romeiros aguardam uma definição sobre o transporte para a tradicional viagem de fé ao interior cearense.