QUEIMADAS

Incêndio criminoso em canavial de Pilar atinge rede de alta tensão e mobiliza força-tarefa de usinas e bombeiros

Chamas iniciadas em pneus descartados causaram o desarme de linha de transmissão e ameaçaram condomínio residencial; setor alerta para aumento de casos no verão

Por Redação com agências Publicado em 02/12/2025 às 09:24
Incêndio criminoso em canavial de Pilar atinge rede de alta tensão e mobiliza força-tarefa de usinas e bombeiros Ilustração de IA

A combinação entre as altas temperaturas do verão e a estiagem tem elevado drasticamente o risco de incêndios na zona canavieira de Alagoas. No entanto, além dos fatores climáticos, a ação humana tem sido determinante: um incêndio criminoso de grandes proporções foi registrado nesta terça-feira (2) no município de Pilar, provocando transtornos e mobilizando uma verdadeira força-tarefa.

De acordo com as informações apuradas, o fogo teve início a partir de restos de entulhos e pneus — materiais que haviam sido utilizados em um protesto e descartados irregularmente às margens da pista, dentro de uma área de plantio. O material serviu de combustível para as chamas, que se alastraram rapidamente pelo canavial.

A magnitude do incêndio exigiu uma operação complexa de combate. Foram necessários quatro caminhões-pipa das usinas Santa Clotilde, Caeté e Utinga, além de um caminhão de bombeiros de uma empresa particular, um veículo da prefeitura de Pilar e duas viaturas do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL).

O fogo atingiu a vegetação localizada abaixo de uma rede de alta tensão, o que provocou o desarme automático da transmissão de energia elétrica na região. Além do impacto no fornecimento, as chamas avançaram em direção a uma área próxima a um condomínio residencial, gerando apreensão entre os moradores.

Prejuízos e Segurança

Representantes das usinas alertam que os incêndios criminosos têm se intensificado de forma alarmante. Além de destruir canaviais que ainda não estão prontos para a colheita — gerando prejuízos financeiros significativos para as unidades industriais —, essa prática coloca em risco a segurança das comunidades vizinhas.

Diante do aumento das ocorrências, as empresas do setor sucroalcooleiro estão reforçando as brigadas de combate e registrando boletins de ocorrência para que os danos causados pelo fogo sejam investigados e os responsáveis, punidos.