Maceió completa, nesta sexta-feira (5), 210 anos de história. Uma trajetória marcada por crescimento populacional, desenvolvimento econômico, transformações profundas e desafios que seguem moldando a capital alagoana.

De acordo com dados do IBGE, a cidade passou de 376.572 habitantes em 1970 para 917.916 moradores no levantamento mais recente. Um território diverso, equilibrado entre homens e mulheres, e em constante expansão.

Para a cientista política Luciana Santana, professora da Ufal, Maceió já consolidou sua posição como um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. Ela destaca que é possível reconhecer os avanços da cidade sem ignorar os problemas que persistem.

“Maceió completa 210 anos marcada por avanços importantes e desafios que refletem a própria história urbana brasileira. Mesmo com investimentos em mobilidade, cultura, serviços públicos e infraestrutura, ainda há desigualdades profundas, pressões ambientais e demandas sociais que exigem respostas do poder público”, afirma.

A pesquisadora destaca ainda o impacto do recente desastre ambiental provocado pela mineração, que transformou a dinâmica da cidade, gerou deslocamentos forçados e reposicionou Maceió no debate nacional sobre território, reparação e futuro.

Apesar dos desafios, o desenvolvimento econômico avança. Em 2005, o Produto Interno Bruto (PIB) da capital era de R$ 6,1 bilhões; em 2021, saltou para R$ 27,48 bilhões, um crescimento nominal superior a quatro vezes em 16 anos.

O turismo continua sendo o principal motor da economia local, mas especialistas apontam que Maceió vive um momento de transição.

“O turismo permanece como âncora, mas cresce a percepção de que a cidade precisa diversificar suas matrizes produtivas, estimulando setores como economia criativa, tecnologia e logística portuária”, explica Luciana.

Aos 210 anos, Maceió segue escrevendo sua história — equilibrando beleza, desenvolvimento, contrastes e oportunidades rumo a um futuro mais sustentável e inclusivo.