TRANSFERÊNCIA PENITENCIÁRIA

Robinho deixa penitenciária em Tremembé e é transferido para presídio em Limeira

Ex-jogador do Santos cumpre pena de nove anos por estupro e foi transferido após pedido da defesa; condenação foi determinada pela Justiça italiana

Publicado em 17/11/2025 às 16:30
Robinho. Reprodução

Robinho foi transferido nesta segunda-feira (data atual) para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. O ex-jogador do Santos e da seleção brasileira estava desde março de 2024 no Centro Penitenciário Tremembé II, conhecido como a "prisão dos famosos". Ele cumpre pena de nove anos de reclusão, determinada pela Justiça da Itália, por estupro de uma mulher em uma boate de Milão. Robinho nega a acusação.

A transferência foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). Segundo o órgão, o ex-jogador deu entrada no novo presídio ainda pela manhã, após solicitação feita pela sua defesa.

Durante o período em que esteve preso em Tremembé, Robinho concluiu um curso profissionalizante em Eletrônica Básica, Rádio e TV, participou do Clube da Leitura e realizava atividades físicas regulares com outros internos. Em vídeo divulgado recentemente pelo Conselho Comunidade de Taubaté, o ex-atleta afirmou não receber nenhum tipo de benefício especial e relatou que recebe visitas da esposa e dos filhos nos finais de semana.

"A alimentação, o horário que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos. Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. Na hora do meu trabalho, faço tudo aqui que todos os outros reeducandos também são possíveis de fazer", declarou.

Desde a prisão, a defesa de Robinho tentou, sem sucesso, reverter a condenação. Em setembro, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou um embargo contra a homologação da pena. Já em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para manter o ex-jogador em regime fechado, ao analisar recurso que pedia a suspensão do cumprimento da sentença italiana no Brasil. Agora, os advogados estudam recorrer novamente ao STF para tentar reduzir a pena.

O crime pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 2013, na Itália, quando ele atuava pelo Milan. Ele e outros cinco amigos foram acusados do estupro de uma jovem albanesa em uma boate de Milão. Um dos envolvidos, Roberto Falco, também está preso; outros quatro não foram julgados.

Na Itália, Robinho recorreu em todas as instâncias, mas a condenação foi mantida em 2022, quando ele já estava no Brasil. Diante da impossibilidade de extradição de cidadãos brasileiros, o governo italiano solicitou que a pena fosse cumprida no Brasil, pedido acatado pela Justiça brasileira.