Uma start-up chamada Stardust pretende desenvolver uma tecnologia capaz de reduzir o brilho do Sol e, consequentemente, diminuir a temperatura global, segundo reportagem da revista americana The New Yorker.

De acordo com o artigo, a Stardust, sediada em Israel e registrada em Delaware, nos Estados Unidos, propõe um projeto ambicioso: utilizar princípios semelhantes aos das erupções vulcânicas, quando grandes quantidades de dióxido de enxofre são lançadas na atmosfera e refletem parte dos raios solares de volta ao espaço, reduzindo o aquecimento na superfície terrestre.

“A empresa chama esse esquema de 'tecnologia de reflexão da luz solar', embora mais frequentemente seja chamado de geoengenharia solar. De uma forma ou de outra, esta ideia tem estado presente por décadas, mas a Stardust deu um grande — e, para alguns, assustador — passo adiante”, destaca a publicação.

A proposta prevê pulverizar partículas inovadoras sobre as nuvens, formando uma espécie de espelho que diminuiria o impacto térmico do Sol sobre a Terra.

No entanto, a Stardust não revelou a composição nem o tipo dessas partículas reflexivas, limitando-se a afirmar que são totalmente seguras para seres humanos e para os ecossistemas. Segundo Yanai Yedvab, cofundador da empresa, não há planos para implementar a tecnologia de forma independente, devido aos elevados custos e à necessidade de recursos substanciais.

“Nós nos vemos como a força motriz da tecnologia, desenvolvendo um conjunto de ferramentas e fornecendo informações aos tomadores de decisão em diferentes governos que estarão envolvidos”, afirmou Yedvab à revista.