EMERGÊNCIA NACIONAL

EUA mantém 5 mil soldados na fronteira com o México e quer aumentar número para combater migração

Por Sputinik Brasil Publicado em 13/02/2025 às 23:29
© AP Photo / Eric Gay

Dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo chefe do Comando Norte dos Estados Unidos, general Gregory Guillot. Além dos mais de cinco mil soldados já em atuação na fronteira com o México, país quer expandir o número para combater a migração, que foi plataforma de campanha do presidente Donald Trump.

"Temos cinco mil forças na fronteira sul neste momento. E eu espero que esse número aumente", afirmou Guillot durante sessão do Comitê de Serviços Armados do Senado.

De acordo com Guillot, o envio de tropas dos EUA para a fronteira sul não afetará a prontidão de combate do país, além de não cancelar nenhum exercício militar programado.

O presidente Donald Trump declarou uma emergência nacional na fronteira sul entre suas primeiras ordens executivas, imediatamente após assumir o cargo em 20 de janeiro. Na mesma semana, o republicano ordenou que o Departamento de Defesa enviasse 1,5 mil soldados adicionais para garantir a fronteira sul contra travessias de migrantes e também criminosos como cartéis, traficantes de drogas e traficantes de pessoas.

México pede combate ao tráfico nos EUA

Enquanto os EUA acusam o México de permitir a entrada de migrantes sem autorização legal no país, a presidente do país latino-americano, Claudia Sheinbaum, exigiu que os Estados Unidos combatam em seu território a venda de drogas e o tráfico de armas que cruzam a fronteira e caem nas mãos de criminosos no país vizinho. A maior parte do armamento usado pelas organizações criminosas mexicanas é de origem norte-americana, aponta governo.

"Que os EUA façam seu trabalho para realizar detenções, para evitar a venda de entorpecentes em seu país e o tráfico de armas para o México", declarou. Segundo Sheinbaum, a colaboração e coordenação binacional não se limitam ao intercâmbio de informações de inteligência para que detenções sejam realizadas no México.

"Nos EUA também há crime organizado, e há estadunidenses que vêm ao México para realizar essas atividades ilícitas", acrescentou.

A presidente se referiu em particular ao tráfico do opioide sintético fentanil nas cidades norte-americanas, uma droga que já causou mais de 100 mil mortes por overdose no país vizinho.