O Ministério Público Federal vai discutir, no próximo dia 26, as ameaças de morte recebidas por trabalhadores da BRK, durante a tentativa de realização de obras de saneamento nos Flexais. Segundo a BRK, as ameaças partiram de moradores e foram reveladas pelo Repórter Nordeste. Desde o dia 15 de janeiro, os trabalhadores buscam fazer obras na região, mas são impedidos por moradores. As obras de esgotamento sanitário fazem parte do projeto de revitalização dos Flexais, apoiado pelo MPF, Defesa Civil Municipal e Prefeitura de Maceió.

O afundamento do solo na região, causado pela exploração da sal-gema pela Braskem, é o que está por trás das ameaças, já que os moradores querem sair do local, mas a Defesa Civil, a Prefeitura de Maceió e o Ministério Público Federal insistem em revitalizar os Flexais, mesmo com as rachaduras nas casas mostrarem sérios problemas estruturais.

Os trabalhadores já registraram boletim de ocorrência na polícia civil e o caso chegou ao Ministério Público Federal, que já exigiu providências da Prefeitura de Maceió e da Defesa Civil.

A maioria dos moradores quer, mesmo, sair do local. Segundo a Defensoria Pública Estadual, os Flexais estão na área conhecida como borda do mapa da Braskem, região de risco onde casas apresentaram rachaduras ou estão afundando.
Áreas incluídas no mapa de risco foram evacuadas pela Braskem, só que seis mil imóveis nas bordas do mapa do risco também foram afetados pela mineração.