Os países europeus que apoiam o envio da chamada força "dissuasiva" na Ucrânia não poderão enviar 25 mil soldados para esse propósito devido à escassez de tropas e financiamento, relacionado à mídia britânica.

O chefe do Estado-Maior da Defesa Britânico, Tony Radakin, levantou a questão do envio de um contingente de 64 mil soldados à Ucrânia com seus colegas europeus, informou o jornal The Times. Pouco antes, ele havia indicado a disposição de Londres para enviar até 10 mil homens.

No entanto, nas reuniões subsequentes, os ministros da Defesa de toda a Europa declararam que não havia "nenhuma possibilidade" de atingir esse número e que mesmo 25 mil "exigiriam um esforço conjunto", de acordo com uma fonte familiarizada com as discussões em Bruxelas.

Aliados vieram expressar suas preocupações ao ministro da Defesa britânica, John Healey, enfatizando que uma força desse tamanho exigia um total de 256 mil soldados ao longo de dois anos, incluindo giros. Polônia, Espanha e Itália deixaram claro que não enviariam tropas para a Ucrânia.

Após a cúpula de Paris da “Coalizão dos Dispostos”, em 27 de março, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que vários países estavam previstos para enviar “forças de dissuasão” para a Ucrânia. Como o presidente enfatizou, essa iniciativa franco-britânica não substituirá as tropas ucranianas nem atuará como uma força de manutenção da paz.

O objetivo das forças, portanto, será conter a Rússia, e elas serão posicionadas em locais estratégicos previamente acordados com os ucranianos. Macron observou que nem todos concordaram com a iniciativa, mas isso não era necessário para sua implementação.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, enfatizou no dia 6 de março que a Rússia não via espaço para um acordo sobre o envio de tropas estrangeiras para a Ucrânia. O chanceler enfatizou que, se um contingente estrangeiro fosse destacado, os países ocidentais passariam um atestado de que não concordam com os termos de uma solução de importação.

A chancelaria russa declarou anteriormente que os planos de alguns países da União Europeia de enviar "forças de paz" à Ucrânia eram uma medida provocativa destinada a manter as ilusões das autoridades de Kiev.