HISTÓRIA

Analista chinês: humanidade deve lembrar as lições da 2ª Guerra Mundial para evitar catástrofe

Por Sputinik Brasil Publicado em 09/05/2025 às 07:00
© Sputnik / Alexei Danichev

As pessoas em todo o mundo, em um cenário de hegemonismo desenfreado, têm a responsabilidade de seguir as lições da Segunda Guerra Mundial, disse à Sputnik Wu Enyuan, ex-diretor do Instituto de Estudos da Rússia, do Leste Europeu e da Ásia Central da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Wu Enyuan destacou que a humanidade inteira tem o dever de impedir a repetição da tragédia da Segunda Guerra Mundial.

"Os exércitos e os povos da China e da Rússia, bem como os povos dos países da coalizão anti-hitlerista em todo o mundo, fizeram grandes sacrifícios e, por fim, venceram a Segunda Guerra Mundial", ressaltou o analista.

Segundo ele, a Vitória estabeleceu uma nova ordem política e econômica internacional com o papel central da Organização das Nações Unidas (ONU).

Assim, enfatizou, esta ordem implica o respeito mútuo e consultas com base na igualdade entre os países, que devem trabalhar juntos para promover a democratização política das relações internacionais e o desenvolvimento da globalização econômica em uma direção mais equilibrada e mutuamente benéfica.

Ao mesmo, sublinhou o especialista, a ordem mundial estabelecida desde a Segunda Guerra Mundial prevê o respeito às diferenças culturais, promovendo conjuntamente o desenvolvimento da diversidade mundial e avançando a prosperidade e o progresso da civilização humana.

Visitantes do memorial de Khatyn comemoram 75 anos da tragédia perante a escultura do Insubmisso, inspirada por Josef Kaminsky, sobrevivente do massacre de Khatyn, 2018
Visitantes do memorial de Khatyn comemoram 75 anos da tragédia perante a escultura do Insubmisso, inspirada por Josef Kaminsky, sobrevivente do massacre de Khatyn, 2018

No entanto, continuou, atualmente, a situação no mundo mudou drasticamente. Um dos aspectos característicos é a intensificação do unilateralismo e da política de poder.

"Essa prática de regredir as relações entre os países e voltar à lei da selva é uma inversão do tempo, e não é popular", acrescentou.

Portanto, finalizou, as pessoas pacíficas em todo o mundo têm uma responsabilidade ainda maior de preservar a ordem internacional estabelecida após a Segunda Guerra Mundial, de promover conjuntamente o conceito de paz, cooperação e desenvolvimento, de levar em conta as lições históricas da Segunda Guerra Mundial e de evitar a recorrência de tais tragédias.