O presidente dos EUA afirmou que decidiu pelo adiamento após uma ligação com a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que solicitou uma prorrogação da medida.

"Concordei em adiá-las até 9 de julho de 2025. Foi um privilégio para mim fazer isso", escreveu ele em sua conta no Truth Social.

Já von der Leyen, em seu perfil no X, publicou ter tido uma boa conversa com o líder americano.

Trump já havia indicado que colocaria tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia (UE) a partir de 1º de junho, sugerindo que o "objetivo principal do bloco é tirar vantagem dos EUA no comércio" .

"Suas poderosas barreiras comerciais, IVA, sanções corporativas ridículas, barreiras comerciais não monetárias, manipulações cambiais, processos injustos e injustificados contra empresas americanas e muito mais causaram um déficit comercial com os Estados Unidos", argumentou na semana passada.

No começo de abril, Trump anunciou a introdução de tarifas sobre importações de outros países. A taxa básica foi fixada em 10%, com taxas mais altas aplicadas a 57 países com base em seu déficit comercial. Para mercadorias originárias da União Europeia, o percentual foi fixado em 20%.

Embora a UE tenha expressado abertura às negociações, os acordos ainda não se concretizaram, e o presidente dos EUA denunciou repetidamente o déficit comercial com a Europa, que, segundo dados do representante comercial da Casa Branca (USTR, na sigla em inglês), chegou a US$ 235 bilhões em 2024.