ECONOMIA

Republicanos colocam em risco a confiança no investimento nos EUA, diz mídia

Por Sputinik Brasil Publicado em 26/05/2025 às 03:08
© AP Photo / J. Scott Applewhite

Com a aprovação de um pacote fiscal e orçamentário na Câmara dos Representantes, o partido do presidente Donald Trump está sufocando possíveis projetos que nações estrangeiras possam desenvolver em solo americano, relata a mídia americana.

De acordo com a Bloomberg, há uma "preocupação crescente" na Europa com os esforços republicanos para desmantelar a legislação que dá suporte a vários setores.

"Para os investidores, a mensagem é clara: os Estados Unidos podem não oferecer mais o caminho de investimento confiável que ofereciam há apenas alguns meses", disse à mídia Alex Bibani, gerente sênior de portfólio da Allianz Global Investors, sediada em Londres.

O projeto de lei tributária, que foi aprovado pela Câmara dos Representantes e agora segue para o Senado dos EUA, eliminaria muitos dos incentivos contidos em uma lei de 2022 que tem como intuito a redução da inflação.

"Os gestores de ativos europeus estão enfrentando um novo nível de incerteza e volatilidade que pode, em última análise, forçá-los a buscar alternativas", disse Bibani ao jornal americano.

"A economia de projeto, os compromissos da cadeia de suprimentos e os fluxos de capital podem agora mudar para jurisdições mais estáveis, como o Canadá ou a União Europeia, a menos que a clareza seja restaurada rapidamente", acrescentou.

Conforme a reportagem, o projeto de lei aprovado pelos republicanos da Câmara é ainda pior do que o temido por investidores comprometidos com estratégias de transição energética, por exemplo, de acordo com analistas de ações da Jefferies.

O presidente Donald Trump encerrou a semana semeando ainda mais incerteza nos mercados ao intensificar a guerra tarifária com a União Europeia, afirmando que considera impor tarifas de até 50% sobre produtos europeus. Embora, neste domingo (26), após conversas com a chefe executiva da União Europeia, Ursula von der Leyen, ele tenha prometido adiar as sanções, o líder americano não retrocedeu sobre aplicá-las.