Após recordes de temperatura, gelo no Ártico deve reduzir nos próximos 5 anos, revela agência da ONU

As temperaturas globais permanecerão em níveis recorde entre 2025 e 2029, afirmou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, nesta quarta-feira (28).
"As previsões climáticas globais mostram que as temperaturas devem permanecer em níveis recorde ou próximos a eles nos próximos cinco anos, aumentando os riscos e impactos climáticos nas sociedades", diz o comunicado da OMM.
A temperatura média global próxima à superfície, calculada anualmente para cada ano entre 2025 e 2029, deverá ficar entre 1,2 grau Celsius e 1,9 grau Celsius acima da média dos anos de 1850 a 1900, informou a OMM.
"Acabamos de vivenciar os dez anos mais quentes já registrados. Infelizmente, este relatório da OMM não oferece nenhum sinal de trégua nos próximos anos, e isso significa que haverá um impacto negativo crescente em nossas economias, nossas vidas cotidianas, nossos ecossistemas e nosso planeta", afirmou o secretário-geral adjunto da OMM, Ko Barrett, no comunicado.
Há também 70% de chance de que o aquecimento médio entre 2025 e 2029 exceda 1,5 grau Celsius, em comparação com 47% entre 2024 e 2028. O Ártico experimentará um aquecimento mais de três vezes e meia superior à média global, atingindo 2,4 graus Celsius em comparação com o período base de 1991 a 2020, segundo o comunicado.
A organização espera novas reduções na concentração de gelo marinho nos mares de Barents, Bering e Okhotsk. Ao mesmo tempo, prevê-se condições mais úmidas do que a média para o Sahel, norte da Europa, Alasca e norte da Sibéria entre maio e setembro de 2025 e 2029, enquanto a região amazônica pode apresentar condições mais secas do que a média na mesma estação.
Em janeiro, a OMM afirmou que 2024 foi o ano mais quente já registrado.