Alunos do município de Pilar produziram um curta-metragem de ficção utilizando apenas o celular. O trabalho foi feito durante uma oficina de audiovisual e foi apresentado na noite de sábado (31), último dia do 1° Festival de Cinema.

Ministrada pelo diretor de fotografia, Joaddan Campos, a oficina foi realizada na sexta-feira (30) e no sábado (31) e abordou assuntos como enquadramento, montagem e produção de set de filmagem, construção de planos e ângulos, e alguns posicionamentos da câmera do celular.

Segundo Joaddan, no primeiro dia foi realizada uma aula teórica, em que foram pontuadas a construção de roteiro, ferramentas disponíveis para gravação, e as funções de cada profissional no cinema.

O segundo dia foi de prática. Os alunos e o instrutor foram até a Casa de Cultura Arthur Ramos para realizar as filmagens tendo como base um enredo criado por eles. Diversos pontos da Casa foram visitados e várias cenas foram construídas. Além disso, os alunos também utilizaram objetos que estavam expostos no espaço, como o chapéu do Guerreiro e elementos da Chegança (folguedos alagoanos).

"A história é de um personagem que vem fazer uma visita na Casa da Cultura e que, ao tocar nos objetos, ele passa a senti-los, a incorporá-los. E aí, nesse momento, ele meio que entra numa crise, e passa a não só sentir, mas também a viver o objeto", explicou o instrutor.

O curta foi intitulado "A Casa", que faz uma alusão ao espaço cultural e aos seus objetos históricos, gerando um certo suspense e mistério. Para Joaddan, os dois dias de oficina foram ótimos e suficientes para os alunos abrirem mais o olhar sobre o universo cinematográfico.

"Gosto muito de transmitir conhecimento, acho isso muito importante. Não só por mim, mas por poder construir também público para os filmes, para o cinema e o público crítico, não só o público que apenas sente e assiste, mas o público que é crítico e ainda pode ser a pessoa que vai ser uma realizadora", declarou.

Futuros realizadores

Marcela Thaís Grigorio tem 14 anos, é estudante e foi uma das participantes da oficina. Ela contou que achou interessante se aprofundar nas filmagens e deseja trabalhar futuramente nas áreas do teatro e do cinema.

"Achei muito interessante a edição, a atuação. Aprendi que isso muda muito a forma como a gente aplica nos cinemas, filmes, séries. Teatro também é uma coisa que me chama bastante atenção. Eu queria poder participar dessa área, conhecer mais", afirmou a aluna.

Já Antonny Nailson, de 15 anos, estudante, contou que gostou muito da área da atuação. Ele foi o protagonista do curta feito na oficina.

"Para mim foi uma sensação incrível. É que eu gosto muito disso e me senti bem confortável para fazer. Uma das coisas que me chamou mais atenção foi o jogo de câmeras, que realmente traz mais a sensação de quando está assistindo o filme. Gostei muito", disse ele.

Sobre o festival

O festival faz parte do projeto que foi contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal, através do Ministério da Cultura (Minc), operacionalizado pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult). O evento tem a realização da Inreais Filmes, o apoio da Prefeitura de Pilar, através da Secretaria de Educação e Cultura, da Secretaria de Turismo e Eventos, da Casa da Cultura de Pilar, além da Bombix e Sambacaitá Produções, e da direção do Cine Pilarense, representado por Sérgio Moraes.

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