EUROPA

Maioria da população em 11 dos 27 países da UE não apoia a integração europeia da Ucrânia, diz pesquisa

Por Sputinik Brasil Publicado em 04/06/2025 às 22:44
© AP Photo / Pascal Bastien

Levantamento realizado pelo centro de pesquisa húngaro Szazadveg revela que a maior parte da população de 11 países da União Europeia (UE), incluindo França e Alemanha, é contra a adesão acelerada da Ucrânia ao bloco. Apenas em 10 dos 27 países membros a parcela da população que apoia a integração europeia de Kiev supera os 50%.

"A proporção dos que se opõem à adesão acelerada da Ucrânia à União Europeia, independentemente do fato de o país estar em conflito, é maior do que a dos que apoiam essa medida em 11 Estados-membros", diz o estudo.

Os autores destacam que os maiores percentuais de oposição à integração acelerada da Ucrânia estão entre os cidadãos da Hungria, Eslováquia, República Tcheca, além de França e Alemanha.

"Os resultados da pesquisa mostram que, se os políticos europeus que participam do Conselho da UE agissem de acordo com as expectativas da população de seus respectivos países em relação à adesão da Ucrânia à UE, não seria cumprido o requisito não apenas da unanimidade, mas nem mesmo o da maioria qualificada", concluíram os analistas da Szazadveg.

A pesquisa foi realizada nos países da UE por meio de entrevistas telefônicas entre fevereiro e abril, com a participação de 30 mil pessoas.

Adesão da Ucrânia ao bloco em 2025

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, afirmou que a UE pretende iniciar plenamente as negociações com a Ucrânia sobre a adesão ao bloco em 2025. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declarou que a decisão política para o início completo das negociações neste ano já foi tomada, mas que o país não apoia essa iniciativa.

Para Orbán, a entrada da Ucrânia no bloco destruiria a economia húngara. Além disso, o político declarou que a UE não quer ajudar a Ucrânia, mas sim colonizá-la, forçando Kiev a continuar o conflito. Além disso, o primeiro-ministro ressaltou que sem o consentimento de Budapeste, Kiev jamais ingressará no bloco.