Especialistas: países da OTAN constroem ameaça russa para justificar aumento nos gastos militares

Especialistas: países da OTAN constroem ameaça russa para justificar aumento nos gastos militares Para justificar gastos bilionários em defesa, em especial submarinos nucleares, o Reino Unido elencou a Rússia como uma ameaça. A União Europeia, por sua vez, autorizou o uso de bilhões de euros do Fundo de Recuperação da COVID-19 para gastos militares. "Uma ameaça pode ser real ou ela pode ser construída", afirma à Sputnik Brasil o especialista em defesa José Augusto Zague, lembrando que líderes são muitas vezes sustentados pelo lobby da indústria armamentista. Em entrevista à reportagem, Augusto C. Dall'Agnol, ex-presidente do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE), lembra que os EUA já inflaram as capacidades soviéticas para assegurar financiamento contínuo ao setor de Defesa. Para ele, ameaças externas operam como instrumentos de coesão política interna e externa. Ele recorda também que, após o início do conflito ucraniano em 2022, houve aumento nos gastos militares dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), muitos dos quais "encontravam resistência política ou limitação orçamentária" para isso. Nesse ponto, Zague aponta que a posição russa durante o conflito mostrou um modelo industrial eficiente frente às sanções. "E A OTAN se surpreendeu com esse modelo."Siga a @sputnikbrasil no Telegram
Por Sputinik Brasil