Brasil cobra libertação de ativista Thiago Ávila em Israel
Ele é um dos detidos no veleiro Madleen durante viagem a Gaza

O governo do Brasil cobrou a libertação do ativista Thiago Ávila, integrante da ONG Coalizão Flotilha da Liberdade e preso por Israel no veleiro Madleen, interceptado em águas internacionais enquanto tentava levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que "acompanha com atenção" a situação de Ávila, que, segundo a Flotilha da Liberdade, está em greve de fome e sede. Seu estado de saúde é desconhecido.
"Ao reiterar sua firme condenação à interceptação, em águas internacionais, por forças israelenses, da embarcação 'Madleen', em flagrante transgressão ao direito internacional, o Brasil clama pela libertação de seu nacional e insta Israel a zelar pelo seu bem-estar e saúde", diz o comunicado do Itamaraty, acrescentando que tem prestado assistência ao ativista.
Ávila se recusou a ser deportado voluntariamente por Israel e é mantido sob custódia até que sua expulsão forçada seja efetivada pelas autoridades locais.
"Em contexto de gravíssima situação humanitária na Faixa de Gaza, onde há fome e desnutrição generalizadas, o Brasil deplora a continuidade de severas restrições, em violação ao direito internacional humanitário, à entrada de itens básicos de subsistência no Estado da Palestina", ressalta o Itamaraty.
De acordo com a Flotilha da Liberdade, todos os ativistas a bordo do Madleen, incluindo a sueca Greta Thunberg, foram proibidos de entrar em Israel por "100 anos".