Aposta israelense e norte-americana contra o Irã pode sair pela culatra, diz analista

O ataque ao Irã é um plano conjunto norte-americano e israelense, disse Elijah J. Magnier, veterano correspondente de guerra e analista político, à Sputnik.
"Donald Trump achou que esta seria a melhor oportunidade para fechar um acordo com o Irã sob ameaça", diz Magnier. "Ele permitiu que Israel iniciasse uma guerra", acrescentou.
A questão é se o presidente dos EUA está preparado para uma escalada e os eventuais efeitos ao seu país caso se junte a Israel em uma guerra contra o Irã.
Como consequência, por exemplo, os EUA pode sofrer com suas bases no Oriente Médio sendo atingidas pelos iranianos. Além disso, o conflito poderia acarretar no fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passa 20% do transporte de energia do mundo e na interrupção significativamente do tráfego norte-americano com a Ásia. Isso sem falar nos prejuízos para a economia mundial.
Sonhos de Israel despedaçados
Em poucas horas, o Irã reagiu, assumindo o controle da situação, de acordo com o especialista.
"Vemos que o comando e o controle do Irã estão de volta, e vemos pessoas no topo — comandantes recuperando o controle e engajados no planejamento e execução da guerra."
Israel desmoronará sem o apoio dos EUA
"Se os iranianos continuarem bombardeando Israel todos os dias, Israel pedirá aos americanos que os ajudem imediatamente, ou pedirão aos americanos que vão à ONU e peçam um cessar-fogo", diz Magnier.
Pela primeira vez desde 1973, Israel está lutando contra um ator estatal, enfatiza o especialista.
Por Sputinik Brasil