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🪖 'Recuo' militar dos EUA na África: independência estratégica ou novas vulnerabilidades no continente?

Publicado em 27/06/2025 às 22:02
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🪖 'Recuo' militar dos EUA na África: independência estratégica ou novas vulnerabilidades no continente? Há mais de 20 anos, o Leão Africano é o maior exercício militar liderado pelos Estados Unidos no continente africano. Entre operações terrestres, marítimas e aéreas, a iniciativa ocorre anualmente em países como Marrocos, Tunísia, Senegal e Gana, com a participação das Forças Armadas de mais de 40 países, incluindo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Conforme o analista Mamadou Alpha Diallo, só na região há 34 bases geridas por Washington, entre estruturas permanentes e temporárias, em um movimento iniciado a partir da década de 1960, quando a presença neocolonial europeia começou a enfraquecer. Como exemplo, Diallo cita o caso da Somália, cuja independência ocorreu justamente com o apoio norte-americano. "A presença estrangeira, principalmente na área de segurança, é totalmente contrária à ideia de soberania, autonomia e autodeterminação dos povos, que estão presentes na Carta das Nações Unidas", afirma. Outro ponto que Diallo enfatiza é que o "apoio" dos EUA no setor de defesa sempre vem mais com o propósito de coerção do que de cooperação. Já a professora de relações internacionais Carolina Galdino acredita que a África é cada vez menos um centro prioritário para os Estados Unidos, apesar de concordar que o recuo não representa também uma retirada total.Siga a @sputnikbrasil no Telegram


Por Sputinik Brasil