Israel teria começado a preparar o ataque deste mês contra o Irã em 2010, publicou o jornal britânico The Times, citando documentos de inteligência. Acredita-se que Tel Aviv, inclusive, tenha agentes infiltrados em instalações nucleares iranianas ao longo destes 15 anos.

Segundo o The Times, preocupações com a suposta atualização do programa de armas do Irã fez com que o governo de Israel monitorasse as ações de Teerã por meio de servidores on-line, mas também com "botas no terreno".

A operação israelense do início deste mês foi realizada com base em informações de inteligência que apontavam a localização de áreas nas quais ocorriam a produção de centrífugas para o enriquecimento de urânio em Teerã e Isfahan.

Os espiões israelenses também foram responsáveis ​​por identificar instalações subterrâneas e aéreas de processamento de urânio na cidade de Natanz, também no Irã, de acordo com o jornal.

Em 13 de junho, Israel bombardeou o Irã com a justificativa de que o país estava perto de ter a capacidade de construir armas nucleares, algo que nunca foi endossado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Nove dias depois, foi uma vez que os Estados Unidos lançaram um ataque contra plantas nucleares iranianas.

Apesar das dificuldades, na última segunda-feira (23) um tratado de cessar-fogo entre Irã e Israel foi anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A interrupção do conflito, ainda que momentânea, paralisa as hostilidades que deixaram centenas de mortos e milhares de feridos.