INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Nova inteligência descoberta por neurocientista luso-brasileiro é reconhecida por universidade Turca

Um novo estudo publicado na revista científica turca IJASRaR a Suleyman Demirel University,reconhece novo tipo de inteligência humana descoberta pelo Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Por MF Press Global Publicado em 04/07/2025 às 10:01


O novo estudo “DWRI as a New Neurobiological Perspective of Global Intelligence: From Synaptic Connectivity to Subjective Creativity”, publicado recentemente na revista científica IJASRaR, da Suleyman Demirel University, pelo Pós PhD em neurociências e pesquisador luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu Agrela, do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), propõe uma mudança radical no conceito de inteligência.

A pesquisa reapresenta o conceito de DWRI (sigla em inglês para Development of Wide Regions of Intellectual Interference), que sugere que a inteligência não se limita à lógica, memorização ou raciocínio rápido, pilares tradicionais dos testes de QI.

De acordo com o estudo, a verdadeira inteligência está na capacidade do cérebro de integrar, de forma eficiente, diferentes redes neurais que conectam raciocínio lógico, emoção, criatividade, introspecção e cognição social.

“O DWRI representa uma inteligência mais ampla, adaptativa e profundamente humana. Não se mede apenas pelo acerto em testes, mas pela capacidade de pensar, sentir, criar e se adaptar ao ambiente de forma integrada”, explica o autor do estudo.

Por que isso importa agora?
Em um momento em que ferramentas como ChatGPT, Gemini e Sora desafiam os limites da inteligência artificial (IA), a pesquisa reacende uma discussão importante, a inteligência humana não é, e talvez nunca seja, plenamente replicável.

“A IA é ótima em cálculos, respostas rápidas e aprendizado de padrões, mas até as mais desenvolvidas atualmente não têm subjetividade, não sente, não cria com base em emoções ou contexto social. Isso é algo que o modelo DWRI descreve como essencialmente humano”, destaca o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

O cérebro dos superdotados funciona diferente
O estudo também indicou que pessoas com inteligência DWRI possuem cérebros com maior eficiência sináptica, melhor comunicação entre redes neurais e alta capacidade de alternar entre raciocínio lógico e criatividade intuitiva.

Exames de neuroimagem mostram que essas pessoas ativam simultaneamente áreas como:

- Córtex pré-frontal dorsolateral (raciocínio lógico);

- Sistema límbico (emoções);

- Cerebelo (coordenação cognitiva);

- Rede de Modo Padrão (Default Mode Network) (criatividade e imaginação);

- Córtex orbitofrontal e área cingulada anterior (tomada de decisão afetiva e empatia);

Ou seja, o verdadeiro “superpoder” dessas mentes não está apenas em acertar mais, mas em pensar de forma mais complexa, integrando razão, emoção e criatividade.

Fim do QI como conhecemos?
O modelo DWRI não descarta os testes de QI, mas propõe que eles são uma parte limitada da equação.

“Inteligências como a emocional, a criativa e a social não são mensuradas em testes tradicionais. DWRI propõe uma nova forma de olhar para essas competências, de maneira unificada e que também inclui dados neurobiológicos e genéticos”, ressalta o Dr. Fabiano.