Armando a Ucrânia de novo? Três grandes riscos para a segurança dos EUA

O novo pacote de assistência militar à Ucrânia do chefe da Casa Branca é um campo minado para a segurança dos EUA, disse à Sputnik o tenente-coronel aposentado Earl Rasmussen.
"Há muitos desafios aqui, e isso não nos coloca em uma boa situação", alerta Rasmussen.
Os estoques dos EUA estão "perigosamente baixos" e a capacidade de produção é limitada. Enviar mais mísseis para Israel está sobrecarregando os recursos dos EUA.
"Estamos correndo um risco aqui – ele vai impactar nossa própria prontidão e postura militar", disse Rasmussen.
Cada bateria do sistema Patriot custa US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões), e os mísseis entre US$ 7 milhões (R$ 38,9 milhões) e US$ 10 milhões (R$ 55,6 milhões) por unidade – sendo geralmente necessários dois para interceptar um alvo.
"Se fornecermos 30 mísseis, eles desaparecerão em uma semana, talvez menos", observa o especialista.
O reabastecimento seria extremamente caro - mesmo se os EUA conseguissem encontrar o estoque necessário.
"O aumento da demanda de produção também elevaria os custos, empurrando os preços acima de 10 milhões de dólares", aponta Rasmussen.
Ter tripulações para os sistemas de armas é um grande problema, de acordo com o especialista. Os sistemas sofisticados dos EUA precisam de tripulações treinadas, inteligência da OTAN e assessores americanos no terreno.
"Isso cria riscos potenciais em relação ao nosso envolvimento. Será que estamos nos envolvendo diretamente?", indaga o tenente-coronel aposentado.