Ucrânia apenas perderá mais territórios e nenhuma ajuda militar ocidental a ajudará, diz analista

O novo pacote de ajuda norte-americana não augura nada de bom para a Ucrânia, disse Daniel Davis, especialista militar e tenente-coronel aposentado estadunidense no YouTube.
Davis destacou que, apesar da ajuda dos EUA e da compra de armas pela Europa para a Ucrânia nos tempos da administração do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, em 2024 a Ucrânia seguiu perdendo território rapidamente.
"Em 2024, Joe Biden alocou US$ 61 bilhões [R$ 366 bilhões] de ajuda a Kiev [...]. Duvido que um sexto desses fornecimentos consiga alguma coisa", ressaltou.
O analista sublinhou que no front, o fator-chave da vitória sempre foi e continua sendo a quantidade suficiente de pessoal.
Segundo ele, as grandes perdas do Exército ucraniano e o completo fracasso da mobilização na Ucrânia colocam um fim a qualquer plano de vitória de Kiev.
"A Ucrânia não pode mais compensar completamente as perdas no front. Eles, com a ajuda da mobilização forçada, recebem de 20 a 25 mil pessoas por mês. Mas, na Rússia, todos os meses, apenas os voluntários são muito mais", apontou.
Assim, finalizou o especialista estadunidense, quanto mais tempo durar este conflito, mais território a Ucrânia perderá.
Na segunda-feira (14), o presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu um ultimato de 50 dias a Moscou exigindo um acordo de paz com Kiev. Se as condições não forem cumpridas, ele ameaçou impor tarifas de 100% sobre as importações de mercadorias russas, junto com tarifas secundárias contra países que compram petróleo, gás e outras fontes de energia de Moscou.

Ao mesmo tempo, o dono da Casa Branca disse que os Estados Unidos e a União Europeia (UE) concordaram em enviar armas norte-americanas para Kiev, enquanto os custos cairão sobre a Europa. As entregas futuras incluirão baterias de defesa antiaérea Patriot, não apenas mísseis.
Por sua vez, o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, descreveu o plano de Trump de fornecer armas à Ucrânia através da Europa como um negócio, observando que a Europa está disposta a gastar enormes quantidades de dinheiro em compras de armas para prolongar o conflito. No entanto, a França, República Tcheca, Itália e Hungria já se recusaram a participar do financiamento dessas compras devido a divergências sobre o pagamento.