Sete meses após o estupro e agressão brutal que marcaram a vida de sua filha, uma jovem de 19 anos, o pai de Maria Daniela Ferreira Alves voltou a cobrar agilidade das autoridades para que o responsável seja localizado e preso. O crime aconteceu em dezembro de 2024, em uma chácara na zona rural de Coité do Noia, no Agreste de Alagoas.

Em um vídeo divulgado nesta terça-feira (22), o homem faz um apelo emocionado às autoridades e à população: “Peço às mães e pais de família que denunciem. Quem souber onde esse rapaz está, ligue para o 181. Ele precisa se explicar à Justiça. Não pode ficar impune.”

Daniela foi encontrada desacordada em um posto de saúde horas após sair para uma festa da escola. Exames comprovaram que ela havia sido dopada, estuprada, espancada e asfixiada. A jovem passou cinco dias em coma, quatro deles na UTI, e desde então enfrenta sequelas graves: usa cadeira de rodas, fraldas e realiza fisioterapia e acompanhamento neurológico para tentar retomar, aos poucos, parte de sua rotina.

O principal suspeito, Victor Bruno da Silva, de 18 anos, ex-colega de escola da vítima e filho de um empresário local, segue foragido. O Ministério Público já solicitou sua prisão preventiva. Em abril, o pai do acusado gerou revolta ao sugerir que um “casamento” resolveria o caso, proposta prontamente rejeitada pela família da vítima.

A polícia mantém as investigações e reforça que denúncias podem ser feitas anonimamente pelo Disque Denúncia (181). Enquanto isso, a família segue em busca de justiça e pede que o caso não caia no esquecimento.