Ações de Trump escancaram 'imperialismo de dados' e necessidade de união informática do Sul Global

Ações de Trump escancaram 'imperialismo de dados' e necessidade de união informática do Sul Global O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, taxou as exportações do Brasil em 50% no início deste mês, com tarifas oficializadas nesta quarta-feira (30). Como um dos motivos para o tarifaço, o mandatário norte-americano alegou "ordens de censura secretas e ilegais a plataformas de mídia social dos EUA" feitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista à Sputnik Brasil, Caio Almendra, cofundador do Instituto Brasileiro de Ciência de Dados (BI0S, em inglês), avalia que as atitudes norte-americanas recentes reforçam um imperialismo de dados, algo que já é apontado por parte da comunidade da tecnologia. "O que esse caso do Trump demonstrou é que, sim, existe um processo imperialista na área de dados […]. Existe imperialismo de dados, existe imperialismo tech, e agora escancarou. A gente tem um avanço social com o Pix, que Trump quer derrubar para conseguir lucrar em cima das operações comerciais brasileiras." Para Almendra, é necessário discutir a diferença entre ser parceiro ou dependente das big techs. O especialista acredita que uma forma de fugir dessa situação é construir ferramentas em conjunto com membros do Sul Global, criando assim uma rede de pluridependência. Em um cenário no qual a regulamentação das redes sociais causa irritação nas big techs, Almendra não acredita que essas empresas vão retirar todo o portfólio de produtos do Brasil. Por exemplo, uma descontinuidade do YouTube não significa que o Google vai parar de operar o Docs e o Drive por aqui.Siga a @sputnikbrasil no Telegram
Por Sputinik Brasil