'É muito grave. Uma extorsão', diz ministra do Meio Ambiente sobre preços de hotéis para COP30

Os preços dos aluguéis para os dias da realização da COP30, em Belém, têm chamado a atenção do governo brasileiro já há algum. Recentemente, um grupo de países invejou uma carta ao presidente Lula na qual diziam estar "preocupados" com os valores altos e a suposta baixa capacidade da cidade de comportar as delegações.
Neste sábado (9), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, tornou-se a falar do assunto que vem tomando conta dos noticiários no Brasil e em parte do mundo. Segundo falou à Folha de S. Paulo, as cobranças chegam a ser comparadas a “uma extorsão”.
“O que está acontecendo é muito grave, uma extorsão. […] O evento não pode ser encarado como uma oportunidade de ganhar dinheiro[...] Está sendo feito um esforço muito grande para garantir preços acessíveis aos países em desenvolvimento e suas delegações”, avaliou a ministra durante apresentação que discutiu a participação da juventude na COP30, realizada no Sesc Pinheiros, em São Paulo.
Com pouco mais de 100 dias para a conferência, vários países acionaram o Itamaraty sobre a dificuldade de encontrar hospedagens para as delegações, além dos altos preços cobrados pela rede hoteleira. As principais reclamações foram feitas por países menos desenvolvidos, como delegações africanas e pequenos Estados insulares.
Representantes de 25 países enviaram uma carta ao governo brasileiro informando a mudança da cidade-sede da conferência em função dos altos preços de hospedagem.