GAZA

Primeira-dama da Turquia pede para mulher de Donald Trump defender crianças de Gaza

Por Por Sputinik Brasil Publicado em 23/08/2025 às 17:31
© telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagens

A primeira-dama da Turquia, Emine Erdogan, divulgou uma carta direcionada à mulher de Donald Trump, Melania Trump, que defende as crianças palestinas, assim como fez em relação aos meninos e meninas da Ucrânia.

Conforme divulgado pelo jornal turco Daily Sabah, Emine usou palavras fortes para classificar a situação das crianças e afirmou que a situação delas "abre feridas irreparáveis" nas consciências das autoridades.

"A frase 'bebê desconhecido' escrita nos sudários de milhares de crianças de Gaza abre feridas irreparáveis ​​em nossas consciências. Gaza se tornou um cemitério de crianças. [...] Assim como você defendeu os direitos das crianças ucranianas, acredito que demonstrará a mesma sensibilidade pelas crianças de Gaza."

Emine continua a carta direcionada a Melania comentando que é tarde demais pelas crianças que morreram nos últimos meses na Faixa de Gaza, mas que ainda há tempo para lutar pelas que sobreviveram.

"Como mãe, mulher e ser humano, espero que você cultive a mesma esperança pelas crianças de Gaza, que anseiam por paz e tranquilidade. É tarde demais para aqueles que perdemos, mas não para os milhões de crianças que sobreviveram."

Atualmente, um dos maiores problemas sociais palestinos é a fome. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a desnutrição infantil triplicada nos últimos meses e atingiu uma em cada três crianças na cidade de Gaza.

Antes do colapso do cessar-fogo, esse índice era seis vezes menor. Para Philippe Lazzarini, comissário-geral da agência da ONU para refugiados palestinos, essa é uma "fome fabricada", resultado direto da falta de acesso à ajuda humanitária.

Segundo a organização, a situação humanitária deteriora-se rapidamente. Crianças enfraquecidas chegam diariamente aos hospitais, enquanto a entrada de alimentos e suprimentos continua muito abaixo da necessidade. A ONU alerta que muitas delas não resistirão sem uma ação imediata.

Desde julho, 51 crianças morreram de fome em Gaza, segundo relatório produzido pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês).