Na manhã desta terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu sua equipe ministerial no Palácio do Planalto para discutir a entrega de ações prioritárias do governo. Durante a reunião, o vice Geraldo Alckmin criticou novamente o tarifaço de Donald Trump.

Durante a reunião ministerial de balanço sobre as medidas do governo, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, voltou a chamar de "injustificada" e "injusta" a sobretaxa de 50% sobre as importações de produtos brasileiros do governo norte-americano.

Em sua fala de abertura, Lula afirmou que seus ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o vice Alckmin — que irá ao México expandir o leque de parcerias comerciais do país — "estão 24 horas por dia à disposição de negociar com quem quer que seja" sobre as questões comerciais brasileiras.

O vice-presidente reiterou a disponibilidade do Brasil para o diálogo.

"O presidente Lula tem orientado: diálogo permanente, soberania, Estado de Direito, separação dos poderes e, ao mesmo tempo, negociação e diálogo permanente para a gente corrigir essa distorção da política regulatória", destacou Alckmin.

De acordo com o vice-presidente, 41,3% de itens de exportação brasileiros estão excluídos da sobretaxa de 40%, enquanto 23,2% estão incluídos na taxa de 50% que atingiu produtos de aço, alumínio e cobre de todo o mundo. Os 35,6% que restam foram efetivamente afetadas pelo tarifaço de 50%.

"Destacar aqui a injustificada medida americana, extremamente injusta e a disposição do presidente Lula do diálogo permanente para a gente corrigir essa questão. Enquanto isso, medida focada, pontual, temporária, de apoio às empresas e preservação do emprego", frisou Alckmin.

O vice-presidente ressaltou que o país está fazendo tudo em seu alcance para abrir novos mercados e destacou que o plano de resposta ao tarifaço busca preservar empregos.

Ainda na segunda-feira (25), Geraldo Alckmin falou sobre sua ida ao México com o objetivo de ampliar as relações comerciais entre os dois países. O vice-presidente acredita ser possível fazer crescer a relação comercial com o país latino americano em setores como biocombustíveis, energia, combustível sustentável de aviação (SAF), todo o complexo de saúde e agroindústria.