Programa antitabagismo do HUPAA promove qualidade de vida com acompanhamento multidisciplinar aos pacientes
Com ações integrando assistência, educação e promoção de saúde, iniciativa reforça papel do hospital no combate ao câncer

Maceió (AL) – O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) destaca o trabalho contínuo e comprometido do seu Programa de Controle do Tabagismo, coordenado pela médica pneumologista Seli Almeida. Desde 2007, o hospital atua na prevenção e no tratamento do tabagismo, com ações que integram assistência, educação e promoção da saúde. O HUPAA é uma unidade vinculada à rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Atualmente, o programa acompanha 63 pacientes tabagistas da turma iniciada em maio. Para o mês de outubro, estão previstas 75 novas vagas, com inscrições previstas para o fim deste mês . “Somos uma equipe multiprofissional, capacitada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), e atuamos com base em portarias que regulamentam tanto a comissão do programa quanto a política de ambiente livre do fumo, vigente no hospital desde 2018”, explica Seli.
A equipe é composta por oito profissionais: uma assistente social, uma enfermeira, uma psicóloga, duas médicas e três farmacêuticas. Esse conjunto de saberes permite um atendimento integral e humanizado. “Nosso diferencial é estar em um hospital universitário, o que facilita o encaminhamento dos usuários para outras especialidades e exames, quando necessário”, destaca a coordenadora.
O programa é credenciado pelo Inca, especialmente por estar vinculado ao serviço do Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON-HUPAA), reforçando seu papel na prevenção do câncer, no qual o HUPAA é referência no estado de Alagoas. Além disso, mantém parcerias com os programas municipal e estadual de controle do tabagismo, ampliando o alcance das ações realizadas.
Apesar dos avanços, Seli aponta um desafio: o engajamento dos estudantes e residentes. “Ainda não conseguimos efetivamente envolver os acadêmicos nesse processo, mesmo sendo um tema essencial para a formação em saúde. O tabagismo é um problema de saúde pública e precisa ser enfrentado com conhecimento e sensibilidade”, afirma.
Mudança de hábitos – e de vida
Lucia Damasceno, 59, funcionária pública, começou a fumar aos 13 anos, tendo sido fumante por mais de 30 anos. Participou do Programa de Controle do Tabagismo do HUPAA durante um ano e conseguiu parar de fumar, melhorando sua qualidade de vida. “Para quem deseja parar de fumar e não consegue sozinha, a equipe multidisciplinar ajuda muito com esse suporte, e é totalmente gratuito”, destaca.
História parecida com a de Cassiana dos Santos, 35, que trabalha na hotelaria hospitalar. Ela fumou por 18 anos, tendo iniciado aos 17, para se enturmar com os amigos. Também participou do programa por um ano, de junho de 2024 a junho de 2025. “Estou há um ano sem fumar, e minha vida melhorou tanto na saúde, na respiração, no bem-estar, no convívio com a família, em tudo mesmo. Não me sinto mais com vergonha de estar nos locais por causa do mau cheiro do cigarro. Minha vida melhorou muito”, reforça Cassiana. Ela também chamou atenção para a importância da equipe multidisciplinar do programa no acompanhamento dos pacientes: “É de extrema importância um atendimento de tanta qualidade e excelência como esse ser gratuito, pelo SUS, abrangendo várias áreas”.
Além da alegria de ter se livrado do fumo, ela compartilhou a satisfação de poder ajudar outras pessoas, incentivando-as a participar do mesmo programa que tanto melhorou sua vida: “Tenho colegas no trabalho que começaram a participar do programa e que pararam de fumar, fiquei extremamente feliz. Uma das melhores conquistas foi que consegui levar a minha mãe também e ela parou de fumar. Ela fumava há 55 anos e há um mês e meio que ela está livre do cigarro”.
Sobre a Ebserh
O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA-Ufal) faz parte da Rede Ebserh desde 2014. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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Rejane Lessa
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