CPMI do INSS: ex-ministro da Previdência diz que nunca participou de qualquer irregularidade

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, deixou o comando do Ministério da Previdência em maio, após investigações revelarem um esquema de desvio com descontos ilegais em salários de aposentados e pensionistas. Lupi esteve à frente da pasta desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-ministro prestou depoimento nesta segunda-feira (8) na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga a fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) responsável por movimentar mais de R$ 6,3 bilhões de forma irregular entre os anos de 2019 e 2024.
Lupi declarou aos parlamentares que não possui nenhuma condenação judicial e que "não acobertou nada ou foi conivente". Além disso, o ex-ministro lembrou que não foi convocado para a CPMI, mas convidado.
"Espero que todos os servidores do INSS que foram coniventes com as fraudes sejam presos. Estou neste colegiado como colaborador, fui convidado e não convocado", afirmou.
Ao ser questionado se conhecia o suspeito apontado como operador central do esquema, Antônio Carlos Camilo, Lupi negou. Contudo, o ex-ministro afirmou o contrário sobre outras figuras supostamente envolvidas na fraude, como o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi), Milton Cavalo.
"Eu jantava com o presidente do Sindnapi antes mesmo dele ser presidente do Sindicato, por ser membro do PDT", enfatizou.
CPMI vai ouvir 55 pessoas
No fim de agosto, a CPMI aprovou a convocações e convites para ouvir 55 nomes. A justificativa, conforme o presidente da comissão, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), é investigar possíveis fraudes que remontam a 2015.
Todos os ex-ministros e secretários da Previdência que atuaram desde 2015, ou seja, do governo Dilma, Temer, Bolsonaro e Lula, foram chamados, incluindo Lupi. Os demais são:
Por Sputinik Brasil