O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta terça-feira (9), que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou realizar um golpe de estado e assassinar o petista, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em 2022.

Durante evento em Manaus (AM) para o lançamento do programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais, Lula reservou os momentos finais do discurso para criticar o algoz político e o filho dele Eduardo Bolsonaro, além de relembrar a falta de oxigênio no Amazonas durante a pandemia de Covid-19.

"Foram ao exterior falar mal do Brasil, tentar condenar o próprio país, inventando que o pai dele é inocente. O pai dele não é inocente. Tentou dar golpe de Estado, tentou matar o Lula, o Alckmin, o Alexandre de Moraes. Não trouxe sequer oxigênio para Manaus quando milhares estavam morrendo."

Sobre o julgamento no STF que acusa Jair e outros réus por tentativa de golpe de Estado, Lula disse que os aliados de Bolsonaro não deveriam estar pedindo anistia, já que sequer houve condenação. O petista também citou a época em que ficou preso na Superintendência da Polícia Federal, no Paraná.

"Quando me prenderam, eu poderia ter saído do Brasil. Preferi ir para a Polícia Federal porque queria desmascarar [Sergio] Moro e [Deltan] Dallagnol, e eu fiz isso."

Lula também alfinetou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao criticar a interferência estrangeira nos assuntos internos do Brasil.

"Este país precisa enfrentar o momento histórico de cabeça erguida. É um país soberano, já fez sua independência, tem mulheres, homens e crianças que se orgulham de ser brasileiros. Não precisamos de ninguém metendo o dedo no nosso país, cada um cuida do seu nariz. Do nosso terreiro cuidamos nós, do nosso quintal cuidamos nós."