Menor prioridade: EUA reduzirão em 15 vezes financiamento militar das forças norte-americanas na Europa

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos reduzirá drasticamente o financiamento destinado à prontidão das tropas norte-americanas na Europa, de acordo com od documentos orçamentários analisados pela Sputnik.
Assim, os gastos cairão de US$ 495 milhões (R$ 2,69 bilhões) em 2023 para apenas US$ 33,4 milhões (R$ 181,7 milhões) em 2026, uma queda de quase 15 vezes.
Os valores foram sucessivamente reduzidos: US$ 251,7 milhões (R$ 1,37 bilhão) em 2024, US$ 116,9 milhões (R$ 636 milhões) em 2025 e, finalmente, pouco mais de US$ 33 milhões (R$ 179,5 milhões) previstos para 2026.
De acordo com o projeto orçamentário, o corte segue orientação do secretário de Defesa dos EUA, que em abril determinou a eliminação de programas considerados obsoletos. O Pentágono decidiu priorizar iniciativas de alta tecnologia e transferir o APS-2 para o chamado "modo de manutenção".
A imprensa norte-americana já havia noticiado que a administração do presidente Donald Trump prepara reduções ainda mais abrangentes em programas de segurança no Leste Europeu, incluindo o fim da Iniciativa de Segurança do Báltico e cortes no artigo 333 da lei de defesa dos EUA, que prevê treinamento, troca de inteligência e fornecimento de equipamentos a países parceiros.
No total, os gastos com a rede APS deverão cair de US$ 660,2 milhões (R$ 3,59 bilhões) em 2023 para US$ 330,8 milhões (R$ 1,80 bilhão) em 2026, refletindo, segundo os documentos, uma mudança estratégica de Washington da Europa em direção à região do Indo-Pacífico.
Anteriormente, soube-se que os gastos dos países da União Europeia (UE) com armamentos e equipamentos militares aumentaram mais de um terço em 2024, alcançando € 88 bilhões (R$ 558 bilhões), segundo relatório publicado pela Agência Europeia de Defesa (EDA).
Em março, a Comissão Europeia lançou uma estratégia de defesa inicialmente chamada "Rearmar a Europa", posteriormente rebatizada para o mais brando "Prontidão 2030". O plano prevê que, nos próximos quatro anos, os países do bloco destinem cerca de € 800 bilhões (R$ 5 trilhões) ao setor militar.