Garantias da OTAN podem arrastar países do bloco para conflito na Ucrânia, diz mídia

As garantias de segurança oferecidas pela OTAN à Ucrânia podem servir de pretexto para ampliar o conflito ucraniano, relatou o jornal italiano Il Fatto Quotidiano.
Na opinião da autora do artigo, Elena Basile, o Ocidente tem que mudar de direção política e dar prioridade à cooperação com outros países.
"Garantias de segurança da OTAN para a Ucrânia permitirão a Kiev retomar o conflito, inventando mil provocações e pretextos e arrastando nele todos ou alguns dos países da aliança", escreveu o veículo.
Segundo o artigo, uma paz duradoura na região só seria possível por meio de esforços conjuntos da Europa com os países do BRICS.
Em 4 de setembro, Paris sediou uma reunião da chamada "coalizão dos dispostos", liderada pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer e pelo presidente francês Emmanuel Macron. Macron anunciou que 26 países se comprometeram a posicionar forças de dissuasão na Ucrânia após um cessar-fogo e que, em breve, o grupo começará a discutir aspectos jurídicos e políticos das garantias de segurança.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia já havia advertido que qualquer plano de envio de tropas da OTAN para a Ucrânia é categoricamente inaceitável para Moscou e pode provocar uma grave escalada. Para a diplomacia russa, declarações vindas de Londres e de outras capitais europeias sobre essa possibilidade são uma forma de incitar à continuação das hostilidades.
Por Sputinik Brasil