Senador norte-americano chantageia Brasil: escolha entre os EUA ou membros do BRICS, diz mídia

O senador James Risch, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos, afirmou em entrevista que o Brasil precisa decidir se deseja manter proximidade com os EUA ou com os integrantes do BRICS.
Segundo o senador norte-americano, o republicano James Risch, o bloco BRICS deixou de priorizar segurança e prosperidade de seus membros e passou a atuar como força de confronto aos interesses dos EUA, e que o Brasil precisar fazer uma escolha diante desta realidade.
Em entrevista ao Poder360, Risch declarou que o BRICS se tornou uma organização voltada a desafiar Washington, e criticou a participação do Brasil ao lado de países que, segundo ele, não compartilham de valores democráticos.
O senador também se posicionou favoravelmente às sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pelo governo Trump, por meio da Lei Magnitsky — que permite punições a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos com bloqueio de bens e restrição de entrada nos EUA.
Risch defendeu o uso da lei como instrumento legítimo concedido pelo Congresso ao presidente Trump, com o objetivo de proteger cidadãos norte-americanos que, segundo ele, foram tratados injustamente no Brasil.
Apesar das críticas, o senador não respondeu sobre o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros, em vigor desde agosto de 2025, e que tem gerado tensões comerciais entre os dois países.
O senador destacou ainda que Brasil e Estados Unidos compartilham valores como liberdade política e econômica, e que a liderança brasileira deve avaliar se seus interesses estão mais alinhados com democracias de livre mercado ou com os parceiros do BRICS, afirmando que essa escolha de se relacionar com países como Irã, Rússia e China terá implicações tanto no curto quanto no longo prazo, estabelecendo uma relação de causalidade para a tensão entre Washington e Brasília com estar alinhado ou não.
De acordo com o senador dos EUA, o Brasil violou direitos constitucionais dos norte-americanos, como a liberdade de expressão, e que o governo dos EUA está agindo para proteger seus cidadãos, mas não identificou exatamente de quem estava falando ou se apenas se referia ao lobby dos EUA quanto à regulação das plataformas digitais no país, uma vez que muitas das plataformas dos EUA se recusam a obedecer a leis brasileiras.
Por Sputinik Brasil