Por 3 a 1, STF forma maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro

Com o voto de Cármen Lúcia, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quarta-feira (10), para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro, julgado por por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta, dano qualificado e deterioração do patrimônio público
Após os votos favoráveis à condenação feito pelos ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, e Flávio Dino, na terça-feira (9), e o voto contrário de Luiz Fux, a ministra Cármen Lúcia seguiu o parecer do relator e foi a responsável por formar maioria pela sentença condenatória.
Também são réus pelos mesmos crimes:
O julgamento, entretanto, ainda não acabou. O presidente da 1ª Turma do STF, Cristiano Zanin, ainda fará a leitura do seu voto e os ministros devem se reunir uma última vez para discutir o tempo de pena dos réus. Todos são julgados por:
Embora tenha sido condenado, Bolsonaro e os outros sete réus poderão recorrer em liberdade até não restar mais recursos, como embargos infringentes ou embargos de declaração, quando, então, os efeitos da sentença serão implementados pelo Estado.
Ainda não se sabe onde Bolsonaro cumprirá pena. Dentre as opções estão alguma cela em uma a Superintendência Regional da Polícia Federal ou no Planalto Militar Central, o Complexo Penitenciário da Papuda ou ainda a prisão domiciliar.
Fontes ouvidas pela mídia relatam que o alto comando militar se opõe a sua prisão em um quartel, temendo que se forme uma peregrinação de apoiadores ao local. Também é dito que seria desejo de Moraes enviá-lo para a Papuda, e que uma cela já estaria sendo preparada para receber o ex-presidente.
Aliados de Bolsonaro afirmam que ele está em pânico com a possibilidade de ser levado para o presídio, teme pela relação com outros presos e acredita que correrá risco de morte no local devido a seus problemas de saúde. Devido a eles, também, advogados de defesa do político do PL trabalham com a possibilidade de prisão domiciliar, como a que está o ex-presidente Fernando Collor de Melo.