À Sputnik, lideranças políticas de situação celebram voto de Carmen Lúcia para condenar Bolsonaro

Responsável por formar maioria na primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus, a ministra Carmen Lúcia teve elogios tecidos por membros governistas.
Em declaração à Sputnik Brasil, a senadora Teresa Leitão (PT-PE) destacou o peso simbólico e jurídico do voto da ministra Cármen Lúcia no processo que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Para a parlamentar, a decisão da magistrada representa um marco emblemático no enfrentamento ao machismo e na defesa da democracia brasileira.
"O voto da ministra Cármen Lúcia virou um símbolo no processo de condenação de Bolsonaro e sua turma. Num país onde o machismo ainda tenta ditar regras, a história acaba de ganhar um capítulo emblemático", afirmou a senadora.
Leitão ressaltou que o ex-presidente tem um histórico de "declarações misóginas e atitudes que desrespeitam mulheres", e que, por isso, o fato de sua condenação ter se dado com o voto decisivo de uma ministra mulher carrega um simbolismo especial.
“Parabéns, ministra Carmen Llúcia. O seu brilhante voto teve esse caráter simbólico. Em nome de todas as mulheres, lhe agradecemos porque você nos representa”, disse.
O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) celebrou o voto da ministra Cármen Lúcia no julgamento que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando a decisão como um divisor de águas na história política do país. Para o parlamentar, o posicionamento da ministra representa não apenas justiça, mas também soberania e resistência democrática.
"Com o voto da ministra Cármen Lúcia, o Brasil começa a ser passado a limpo com a condenação de Bolsonaro. É um marco que escreve na história brasileira que não tem anistia para quem atenta contra a democracia", afirmou Veras.
O deputado também destacou o recado que a decisão transmite à comunidade internacional, reforçando a autonomia das instituições brasileiras: "E mais: que o Brasil é um país soberano que não aceita interferência estrangeira sobre os poderes da nossa República, que hoje, com essa decisão, se agiganta diante do mundo."
O parlamentar Rui Falcão (PT-SP) também pontou à esta agência que "Voto [da ministra foi] muito bem fundamentado, confirmando a sua tradição e compromissos com a democracia”.