DEFESA

Caças franceses na Polônia não reduzirão as tensões na região, afirma Embaixada russa em Paris

Por Sputinik Brasil Publicado em 12/09/2025 às 16:40
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A Embaixada da Rússia em Paris declarou, nesta sexta-feira (12), que a decisão da França de enviar caças à Polônia após o incidente com o drone é preocupante e não ajudará a reduzir as tensões na região.

Na quinta-feira (11), o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que o país enviaria três caças Rafale à Polônia para proteger o espaço aéreo na região.

"A decisão de Paris de enviar aviões de combate franceses à Polônia é particularmente preocupante, pois não ajudará a resolver pacificamente o conflito ucraniano nem a reduzir as tensões na região", afirmou a missão diplomática.

O embaixador russo na França, Alexey Meshkov, que foi convocado pelo Ministério das Relações Exteriores francês, rejeitou categoricamente as acusações contra a Rússia sobre o incidente com o drone na Polônia e afirmou que Varsóvia não apresentou nenhuma evidência de que esses drones pertencessem à Rússia.

Relembre o caso

Na quarta-feira (10), primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que o país registrou 19 drones no espaço aéreo do país durante a noite, a maioria dos quais, segundo ele, vieram de Belarus. O premiê culpou Moscou pelo incidente.

O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, destacou ainda no mesmo dia que nenhum alvo em território polonês foi planejado durante os recentes ataques massivos a instalações do complexo militar-industrial ucraniano. A pasta acrescentou que está pronta para consultas com a Defesa polonesa sobre o assunto.

Os militares russos ainda reforçaram que o alcance dos drones usados nesta ofensiva contra a Ucrânia, que alegadamente cruzaram as fronteiras da Polônia, não supera 700 km.

Nova acusação sem provas?

Não é a primeira vez que Varsóvia acusa Moscou, sem provas, de violar o espaço aéreo. No final de 2022, projéteis caíram na Polônia, perto da fronteira com a Ucrânia, matando duas pessoas.

Inicialmente, as autoridades afirmaram que se tratava de armas russas, mas depois o então presidente Andrzej Duda reconheceu que, muito provavelmente, elas pertenciam a Kiev.

Segundo as conclusões dos especialistas, as fotos do local do incidente mostravam destroços de um projétil do complexo ucraniano S-300.