Mídia: defesa de Mauro Cid pede que cliente seja posto em liberdade

Os advogados do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, querem que o cliente seja posto em liberdade pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A defesa pede a progressão de regime de Cid, uma vez que a pena de 2 anos imposta no julgamento do núcleo da trama golpista supera os 2 anos e 4 meses que o tenente-coronel já cumpriu entre prisão preventiva e outras ações cautelares.
Por colaborar com as investigações por meio de uma delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi o réu com a menor pena. Moraes, relator da ação, ainda sugeriu o benefício do regime aberto ao militar, acatado pelo restante da 1ª Turma do STF.
Conforme publicado pelo O Globo, o pedido, assinado pelos advogados Cezar Bitencourt, Jair Alves Pereira e Vânia Bitencourt, ressalta que a pena estabelecida na última quinta-feira (11) já foi cumprida.
"É evidente que o período de cumprimento de cautelares é de ser computado na detração da pena, uma vez que as cautelares impostas determinavam: o recolhimento domiciliar a noite e finais de semana; proibição de ausentar-se da comarca; comparecimento semanal em juízo e monitoramento eletrônico [tornozeleira]."
Ainda segundo a defesa de Cid, o tenente-coronel pretende passar para a reserva do Exército, "organizar a vida" e, posteriormente, se mudar para os Estados Unidos.
Além de Walter Braga Netto, apenas Cid foi condenado por todos os ministros da 1ª Turma do STF — incluindo Luiz Fux, que absolveu os outros seis réus do núcleo principal da trama golpista pelos cinco crimes julgados.