Especialista: abordagem da Europa para a resolução de conflitos leva à escalada no Oriente Médio

A Europa mostra padrões duplos na sua abordagem à resolução de conflitos, deixando Israel praticamente impune pelo que está a acontecer na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, declarou à Sputnik o membro do centro independente de pesquisa política Conselho para a Política Externa do Marrocos Ahmed Noureddine.
"Israel é o único país da região que procura escalar o conflito para alcançar seu objetivo declarado, ou seja [...] expulsar os palestinos da Faixa de Gaza e depois da Cisjordânia para o Sinai e a Jordânia [...]. Mas há outros fatores que contribuem para a expansão da guerra, incluindo o silêncio da comunidade mundial e a incapacidade da ONU de emitir uma resolução que fizesse parar a guerra", disse o analista.
Segundo ele, a cessação das hostilidades em Gaza poderia ser facilitada por uma série de medidas da ONU: a adoção de resoluções relevantes nos termos do artigo 7 da Carta da ONU, a imposição de sanções econômicas contra Israel, um embargo do fornecimento de armas, o congelamento de ativos e assim por diante.
A União Europeia (UE) também poderia impor sanções econômicas e militares sobre Israel, especialmente dada sua atividade contra a Rússia neste sentido.
De acordo com o especialista, esta "conspiração da ONU, EUA e UE" é o principal fator que está empurrando Israel para continuar a guerra.
Na quinta-feira (11), o Conselho de Segurança da ONU, em um comunicado de imprensa, condenou os recentes ataques de Israel contra o Catar e apoiou a soberania do país. No entanto, a declaração não especifica qual país conduziu os ataques. A declaração também observa que os membros do Conselho de Segurança enfatizaram a importância da desescalada e "expressaram sua solidariedade com o Catar".