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Mídia: ONU aprova plano com prazos para solução de 2 Estados entre Israel e Palestina

Publicado em 13/09/2025 às 12:52
© AP Photo / Eduardo Munoz

A Assembleia Geral da ONU (AGNU) aprovou por ampla maioria uma declaração que pede ações concretas e com prazo definido para implementar a solução de dois Estados entre Israel e Palestina, condenando tanto os ataques do Hamas quanto a ofensiva israelense em Gaza, marcada por crise humanitária.

A AGNU aprovou por ampla maioria uma declaração que propõe medidas concretas, com prazos definidos e irreversíveis, para avançar rumo a uma solução de dois Estados entre Israel e os palestinos. A votação antecede uma reunião de líderes mundiais em setembro, onde se espera que países como França, Reino Unido e Canadá reconheçam formalmente o Estado palestino.

Segundo a Reuters, a declaração, resultado de uma conferência internacional organizada pela Arábia Saudita e França em julho, foi endossada por 142 países, com dez votos contrários e 12 abstenções. Estados Unidos e Israel boicotaram o evento e votaram contra a resolução, acompanhados por países como Argentina, Hungria e Paraguai.

O texto aprovado condena os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que deram início à guerra em Gaza, e também os ataques israelenses contra civis e infraestrutura na Faixa de Gaza, incluindo o cerco e a fome que resultaram em uma grave crise humanitária.

Além de condenar o grupo militante palestino Hamas, a declaração também pede o fim imediato da guerra em Gaza e propõe o envio de uma missão internacional temporária de estabilização, sob mandato do Conselho de Segurança da ONU (CSNU), para conter a escalada do conflito e proteger civis.

Os Estados Unidos criticaram duramente a resolução, classificando-a como um gesto político equivocado que favorece o Hamas e prejudica os esforços diplomáticos em curso. Ainda de acordo com a apuração da mídia britânica, a diplomata norte-americana Morgan Ortagus afirmou que a conferência prolongou a guerra e minou as perspectivas de paz.

Israel rejeitou a declaração, acusando a ONU de promover o terrorismo ao não condenar o Hamas de forma mais incisiva. O embaixador israelense Danny Danon afirmou que o único beneficiário da votação foi o grupo militante.

O ataque do Hamas a partir da Faixa de Gaza em outubro de 2023 matou 1.200 pessoas e fez mais de 240 reféns, enquanto mais de 64.000 palestinos morreram desde o início da guerra, segundo a autoridade de saúde local.


Por Sputinik Brasil